O Homem que matou Liberty Valance (Nov2021)
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Governo Federal, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Cultura e Economia Criativa apresentam:
Mário Bortolotto dirige clássico western ‘O Homem que Matou Liberty Valance’, de Jethro Compton, com estreia na plataforma Teatro Sérgio Cardoso Digital
Além do próprio diretor, elenco traz Bianca Bin - que faz sua estreia no teatro -, Sergio Guizé, Carcarah, Heloisa Lucas, Eldo Mendes e Walter Figueiredo
Crédito: Cri Jatobá. Baixe mais fotos de divulgação aqui
A relação peculiar e turbulenta entre a sociedade e a política é pautada pela peça western “O Homem que Matou Liberty Valence”, do escritor e diretor de teatro britânico Jethro Compton, que ganha uma versão online dirigida por Mário Bortolotto. O espetáculo é transmitido gratuitamente, por meio da plataforma Teatro Sérgio Cardoso Digital, entre os dias 2 e 19 de dezembro, de quinta a domingo, às 21h. O elenco é formado por Bianca Bin, Sergio Guizé, Carcarah, Heloisa Lucas, Eldo Mendes, Walter Figueiredo e o próprio Bortolotto.
A obra de Compton é baseada em um conto escrito na década de 1950 pela premiada autora norte-americana Dorothy M. Johnson (1905-1984). O texto também foi adaptado para o cinema em 1962, com o título “O Homem que Matou o Facínora”, dirigido por John Ford e com roteiro de Warner Bellah e Willis Goldbeck.
“Sou fã de faroestes desde criança e não poderia perder a oportunidade de montar um espetáculo de teatro que é um western. É uma maneira de homenagear meus heróis de infância. Mas acredito que esse gênero já se renovou muito e, por isso, mantive alguns elementos que remetem diretamente à linguagem clássica, mas a partir de uma leitura um pouco mais moderna, com uma nova abordagem”, comenta Bortolotto.
A trágica história de amor se passa em 1890 na cidade de Twotrees, no Velho Oeste americano, mais especificamente no Saloon de Hallie, que recebe a visita inesperada do velho pistoleiro Bert Barricune. Ele carrega no lombo de seu cavalo a carcaça maltratada de Ransome Foster, que foi brutalmente espancado no deserto.
Esse jovem educado em Nova Iorque partiu rumo ao oeste selvagem em busca de uma vida nova, mas foi recebido pela dura realidade das planícies empoeiradas. Depois de ser salvo por Hallie Jackson ele encontra novos propósitos. Mas será que isso será suficiente para fazê-lo enfrentar a gangue do fora da lei Liberty Valance?
Hallie Jackson é interpretada por Bianca Bin, que depois de vários papeis marcantes na TV tem sua estreia no teatro. “Tem sido uma experiência maravilhosa. Estou entre amigos e meu grande parceiro da vida, sob o olhar atento e carinhoso do Mário Bortolotto, quem tanto admiro. É uma honra e alegria começar no meio dessa gente elegante e sincera”, conta a atriz.
“A Hallie, assim como minha última personagem, a Clara [da novela ‘O Outro Lado do Paraíso’], é uma mulher forte, uma sobrevivente de um meio inóspito, um lugar majoritariamente masculino e pouco afetuoso, uma órfã que teve que desenvolver uma casca grossa para não precisar se submeter à pressão alheia e do meio em que cresceu, mas também uma mulher virtuosa, com olhar sempre atento ao outro. Estou encantada com essa moça”, acrescenta.
Já o galã Ransome Foster é vivido por Sergio Guizé (atualmente na novela “Verdades Secretas 2”), que acredita que a peça é potente por discutir temas muito pulsantes da nossa realidade sócio-política atual, como as questões do racismo estrutural, da discriminação social, do protagonismo feminino, da ausência do Estado e da educação como um princípio básico.
“Não me lembro de já ter feito um cara que se tornou governador por uma grande mentira. Bem acontece... Pensamos muito sobre o que estamos passando em nosso país durante os ensaios. Por ser um personagem que logo de cara se apresenta com um vocabulário rebuscado, priorizei o estudo do texto, decorar palavra por palavra, respeitando as pausas e com essa cadência interna do Velho Oeste, sempre sob o olhar atento do Mário”, revela Guizé sobre a construção de seu personagem.
Ainda inédito no Brasil, o espetáculo dialoga com a pesquisa que o Cemitério de Automóveis desenvolve desde 2012, quando passou a investigar textos estrangeiros com intuito de abrir a possibilidade de intercâmbio entre manifestações teatrais que se enquadram na linguagem realista adotada pelo grupo ao longo de seus quase 40 anos de trajetória.
Essa investigação já resultou nos espetáculos “Mulheres” (2012), a partir do romance homônimo de Charles Bukowski; “Killer Joe” (2014), de Tracy Letts; “O Canal” (2015), de Gary Richards; “Criança Enterrada” (2016) e “O Oeste Verdadeiro”, ambos de Sam Shepard; e “Birdland” (2018), de Simon Stephens.
Sobre Jethro Compton
Jethro Compton é um escritor, diretor e produtor teatral da Cornualha, na Inglaterra. Ele começou a carreira no teatro em 2008 como produtor e codiretor artístico da Belt Up Theatre, companhia em residência no York Theatre Royal. Com o grupo, trabalhou entre 2008 e 2012 em produções como “The Tartuffe”, “The Trial”, “Outland”, “Macbeth” e “The Boy James”.
Em 2010, fundou a Jethro Compton Pruduction para desenvolver o próprio trabalho como escritor, diretor e produtor. Até o momento, dirigiu todas as produções da companhia, como “The Bunker Trilogy” e “The Capone Trilogy” e os próprios textos “The Man Who Shot Liberty Valence”, “The Frontier Trilogy”, “Sirenia” e “Wolf’s Blood”.
Em 2017, Jethro dirigiu sua primeira produção em língua estrangeira, traduzida da própria adaptação de “Fuzzy Mud”, de Lois Sachar, em Viena. Ele já dirigiu mais três produções em alemão, em Viena: uma adaptação de “A Pequena Princesa”, de Frances Hodgson Burnett; a adaptação de “Oliver Twist”, de Charles Dickens; e seu texto original “Blutrache”.
Sobre Mário Bortolotto
Ator, diretor, autor, sonoplasta, iluminador e vocalista e compositor de rock, Mário Bortolotto escreve para o teatro desde 1981. Nascido em Londrina, no Paraná, tem 13 livros publicados: os romances “Bagana na Chuva” e “Mamãe não voltou do supermercado”; as coletâneas de poesias “Para os inocentes que ficaram em casa”, “Um bom lugar para morrer” e “O Pior Lugar que eu conheço é minha cabeça” ; o compilado de matérias escritas para jornais “Gutemberg Blues”; a reunião de textos de seu blog “Atire no Dramaturgo”; os livros de crônicas “Os Anos do Furação” e “Esse Tal de Amor e Outros Sentimentos Cruéis”, a série de contos “DJ – Canções para tocar no inferno”, além de cinco volumes com seus textos de teatro.
Entre os reconhecimentos no teatro que recebeu, estão o Prêmio Shell de melhor autor em 2000, pelo texto “Nossa vida não vale um Chevrolet”, e o Prêmio APCA em 2000 pelo conjunto de sua obra.
É diretor do Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis e vocalista e compositor das bandas de rock e blues “Saco de Ratos” e “Tempo Instável”. Escreveu as peças “Música para ninar dinossauros”, À meia-noite um solo de sax na minha cabeça”, “Nossa vida não vale um Chevrolet”, “Hotel Lancaster”, “Brutal”, “Leila Baby”, entre outras.
SINOPSE
Twotrees, 1890. Velho Oeste. O Saloon de Hallie recebe a visita inesperada do velho pistoleiro Bert Barricune. Ele carrega no lombo do seu cavalo a carcaça maltratada de Ransome Foster, que foi brutalmente espancado no deserto. Foster é um jovem educado de Nova Iorque. Ele parte rumo ao oeste selvagem em busca de uma nova vida, mas é recebido pela dura realidade das planícies empoeiradas. Ao ser salvo por Hallie Jackson, Twotrees se torna seu lar, onde os fora-da-lei imperam e as armas decidem o destino de muitos. Foster encontra propósitos na figura de Hallie, mas será suficiente para enfrentar a gangue de Valance?
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Jethro Compton
Direção artística: Mário Bortolotto
Elenco: Bianca Bin, Sérgio Guizé, Carcarah, Mário Bortolotto, Heloisa Lucas, Eldo Mendes, Walter Figueiredo e Noa Stroeter
Concepção de Iluminação: Caetano Vilela
Concepção Cenográfica: Mariko Ogawa e Seiji Ogawa
Sonoplastia original: Noa Stroeter
Figurino: Vanessa Deborah Hudepohl
Produção Executiva e Coordenação de pesquisa: Carcarah
Gestão do projeto e Produção: Isabela Bortolotto
Direção de Produção: Paula Klaus
Operador técnico: Ademir Muniz e Gabriel Oliveira
Cenotécnico: Caique Duran
Adereços especiais: Victor Akkas
Visagismo/Caracterização: Fabio Santos, Denise Borro e Régis Rodrigues
Direção, captação e edição audiovisual: Cauê Angeli
Auxiliar de Câmera: Isabela Borges
Técnico de som direto: Públio Felipe
Tradução: Ana Hartmann
Legendagem Descritiva: Rebecca Leão
Fotos para divulgação: Cri Jatobá
Programação visual: Vanessa Deborah Hudepohl
O espetáculo “O Homem que Matou Liberty Valance” foi contemplado com o edital ProAc LAB 47/2020.
SERVIÇO
O HOMEM QUE MATOU LIBERTY VALANCE, DE JETHRO COMPTON E DIREÇÃO DE MÁRIO BORTOLOTTO
Teatro Sérgio Cardoso Digital
Temporada: 2 a 19 de dezembro
De quinta a domingo*, às 21h
Ingressos: Grátis, devem ser retirados antecipadamente pelo link https://site.bileto.sympla.
Duração: 100 minutos
Gênero: Drama
Classificação etária: 16 anos
Acessibilidade: legendagem descritiva
*Há um bate-papo online com o elenco todos os domingos após a sessão
**Estreia do Web-doc (processo da montagem) dia 19/12.
SOBRE O TEATRO SÉRGIO CARDOSO DIGITAL
O projeto, criado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo em abril de 2021 e produzido pela Amigos da Arte, tem como objetivo principal transmitir as sessões das temporadas presenciais em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso e oferecer transmissões digitais para que o público assista de casa.
A ideia é democratizar o acesso à cultura a públicos variados, de outras cidades, estados e países, além de oferecer ao público da capital do Estado de São Paulo a alternativa de assistir aos trabalhos de forma remota, independentemente da necessidade de isolamento social. A ação também prevê a apresentação de temporadas exclusivamente digitais.
Desde a estreia, o projeto já recebeu quinze temporadas exibidas exclusivamente online, entre elas, A Despedida, A Genealogia Celeste de uma Dança, Propriedades Condenadas, Monstro, Sofisma, Mostra Feminina de Dança, Grupo Raça 40 Anos e a temporada digital do aclamado espetáculo Auê, da Barca dos Corações Partidos. Também apresentou duas temporadas híbridas, com sessões presenciais e transmitidas, A Bicicleta de Papel e Hamlet: 16x8.
A programação contou, ainda, com temporadas com recursos de acessibilidade, como Só se Fechar os Olhos (audiodescrição), Para Além do Gesto (tradução em libras) e Swing Era (tradução em libras e legendagem em português). A maior parte das gravações são realizadas com antecedência nos palcos do próprio Teatro Sérgio Cardoso, viabilizando as transmissões. Além disso, segue em curso a programação da #CulturaEmCasa, plataforma de conteúdo cultural gratuito, criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerida pela Amigos da Arte, que oferece centenas de eventos artísticos em diversas linguagens, como dança, teatro, música e performance.
Sobre a Amigos da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão dos teatros Sérgio Cardoso e de Araras e do Museu de Diversidade Sexual (MDS), trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus mais de 15 anos, a entidade desenvolveu 58 mil ações que atingem mais de 25 milhões de pessoas.
Sobre o Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso foi inaugurado em 13 de outubro de 1980, com uma homenagem ao ator. Na ocasião, foi encenado um espetáculo com roteiro dele próprio, intitulado “Sérgio Cardoso em Prosa e Verso”. No elenco, a ex-esposa Nydia Licia, Umberto Magnani, Emílio di Biasi e Rubens de Falco, sob a direção de Gianni Rato. A peça “Rasga Coração”, de Oduvaldo Viana Filho, protagonizada pelo ator Raul Cortez e dirigida por José Renato, cumpriu a primeira temporada do teatro. Em 2020, o TSC cumpriu 40 anos de atividades, tendo recebido temporadas importantes de todas as linguagens artísticas e em novos formatos de transmissão, se consolidando como um dos espaços cênicos mais representativos da cidade de SP.
Redes Sociais TSC
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Bruno Motta Mello - bruno@afatica.com.br - (11) 97649-3759
Verônica Domingues - veronica@afatica.com.br - (11) 95436-8057
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