Dança à Deriva (out2019)








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Mostra Dança à Deriva 2019 reúne 120 artistas e 24 companhias de nove países latino-americanos no Centro de Referência da Dança entre 21 e 27 de outubro

Programação da sexta edição do evento tem espetáculos, oficinas, ciclo de debates, lançamentos de livros e mostra de filmes

Artistas e companhias da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru e Uruguai apresentam seu trabalho autoral em mais uma edição do Dança à Deriva 2019 – 6ª Mostra Latino-Americana de Dança Contemporânea. O evento acontece de 21 a 27 de outubro, no Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo (CRD SP) e é coordenado e idealizado pela produtora e ativista cultural Solange Borelli. Toda a programação é gratuita, com ingressos distribuídos com 30 minutos de antecedência.
A programação da sexta edição do evento conta com 28 espetáculos; três laboratórios imersivos conduzidos pelo Coletivo Pita Torres (Chile), pela Cia. Carne Agonizante (Brasil) e pelo Coletivo enNingúnlugar (México); quatro oficinas ministradas pelo Taanteatro (Brasil), por Sofia Lans & Nelson Martinez (Uruguai/Colômbia), por Cris Karnas (Brasil) e pela Plataforma Mono (Chile); uma mostra de vídeos com produções da Cia. Abrindo Portas e da IMARP - Mostra Internacional de Dança - Imagens em Movimento e MOSTRA GRUA, MOBILIZAÇÃO DE AFETOS, com a exibição dos vídeos: "Corpos de Passagem", "Rota de Afetos" e "SETe"?; lançamentos de livros e publicações; bate-papos e o 1º Fórum Atos Conspiratórios – Poéticas em Tempos de Anarquismo.
Logo na abertura do evento, no dia 21, são apresentados os espetáculos “Silêncio”, da Compañia InCORPO Danza Contemporánea (às 19h), uma coprodução Argentina-Colômbia inspirada nas obras coreográficas de Anne Teresa de Keersmaeker; “Mensagens de Moçambique”, do Taanteatro (às 19h30) , uma coprodução Brasil-Moçambique, sobre as lutas humanas pela soberania e autorrealização diante da herança colonial portuguesa desse país africano; e “VICHA – La Máquina Sensible”, do Colectivo Pita Torres (às 21h), do Chile, sobre a solidão, estabelecendo um evento entre a interpretação do movimento e a musicalidade.
Outro destaque é “Fluctuantes”, do Coletivo La Vitrina (dia 26, às 20h30), do Chile, sobre o processo de mutação que as ideias sofrem ao serem transformadas em palavras e estas serem ouvidas pelos outros. A coreografia “Ficción”, da SOMA - Compañia Danza Contemporànea (dia 22, às 20h30), da Argentina, é uma experiência visceral e singular que estimula o espectador a participar, criando uma reflexão sobre a dança em distintos contextos socioculturais.
Já o espetáculo “La Escondida”, da Franklin Dávalos Danza Conteporanéa (dia 25, às 20h50), é uma coprodução Equador-Peru que explora a psique de uma mãe por meio de um filho entregue para a adoção no dia do nascimento. Outra atração são os brasileiros do coletivo GRUA – Gentleman de Rua, que apresentam “SETE” (dia 27, às 12h30), sobre a percepção do outro na experiência do encontro.
A mostra Dança à Deriva 2019 é uma realização da produtora Radar Cultural Gestão e Projetos e da Secretaria Municipal de Cultura. 
Sobre a Dança à Deriva
Criada em 2014 por Solange Borelli, a Dança à Deriva – Mostra Latino-Americana de Dança Contemporânea já recebeu mais de 500 artistas e 70 coletivos ao longo de suas cinco últimas edições. O evento vem se configurando como um lócus de sinergias, reflexão, encontros de estéticas, partilhas dramatúrgicas, criação e exacerbação de diálogos entre as nações da latino-américa. Defende a arte e a cultura como espaços de ‘intercâmbios humanos’, do ‘estar junto’ e na elaboração coletiva do sentido. 
Embora tenha a dança como linguagem principal, contempla produções híbridas que tenham a dramaturgia como elemento de discussão estética, lançando uma reflexão sobre os modos de ser e fazer dança neste continente tão diverso e adverso, criando novas redes de articulação que tem a dança enquanto linguagem que ativa e inspira outras possibilidades de convivência poética. Na prática estimula a discussão e a problematização em torno das diversas questões que permeiam a dança cênica hoje na América Latina, e convoca todos os envolvidos para assumirem seus postos enquanto operários da construção simbólica.
Dança à Deriva hoje é mais que uma Mostra, representa um movimento artístico, encontros poéticos que apoiam ‘dramaturgias vivas e vibrantes’, que apostam no risco e na pesquisa, que transformam e atualizam os espaços de convivências entre criadores e públicos, que pensam uma política pública que avance na construção e elaboração de um conjunto de práticas que possam colocar a cultura e as artes como eixo central de desenvolvimento das 


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