Mãe arrependida (Dez2020)
Em cartaz até o dia 16 de dezembro pelo Zoom
Ao se tornar mãe, a realidade é testada diante de expectativas muitas vezes idealizadas sobre a maternidade. Sentimentos diferentes podem surgir. Entre eles, o arrependimento. Esse é o ponto de partida de Mãe Arrependida, espetáculo escrito e interpretado por Karla Tenório com direção de Maria Amélia Farah e assistência de direção de Caio Balthazar, produzido para o streaming que está em cartaz até o dia 16 de dezembro pelo Zoom.
MÃE ARREPENDIDA é um convite para uma viagem pelo lado sombrio e oculto da maternidade, uma confissão de quem nunca lidou bem com essa experiência. O espetáculo questiona a formação do imaginário social da maternidade, suas cobranças, pressões e solidão em uma perspectiva que envolve mães, filhas e filhos. Com isso, o olhar sobre a maternidade se desloca, permitindo uma reflexão particular de cada espectador.
Em cena, Karla Tenório empresta elementos autobiográficos em uma performance ao vivo que aborda a maternidade a partir de elementos sociais e históricos. “E muito antes, já diria Medéia”, reflete a atriz diante da tela.
O projeto MÃE ARREPENDIDA nasceu em 2017, a partir das reflexões que acompanham a atriz há 10 anos, desde que se tornou mãe. “Com a chegada da minha filha, descobri que ser mãe não seria nada daquilo que eu esperava. Quando percebi, me vi sozinha, em um beco sem saída, sentindo culpa por não conseguir ser a mãe que imaginei”, explica Karla.
Em janeiro, a dramaturgia começou a ser desenvolvida com orientação de Maria Amélia Farah, também diretora do espetáculo. Juntou-se, ao projeto o assistente de direção Caio Balthazar, repetindo a parceria do espetáculo FISSURA, de 2018. Com a chegada da pandemia ao Brasil, o desafio da equipe criativa foi encontrar, nas ferramentas online, possibilidades para promover uma experiência estética capaz de sensibilizar o público em uma imersão sensorial. Para a diretora, “nosso maior desafio era encontrar os recursos para promover o arrebatamento do espectador em uma experiência ao vivo e online. Descobrir nessa nova linguagem, as possibilidades para um mergulho interno, sem filtros sociais.”
O encontro virtual, mediado pelos recursos tecnológicos, permite uma maior aproximação do espectador, criando um ambiente de confissão também para a plateia. “Quando estamos sozinhos, em casa, sem olhares nos observando, nos permitimos viver nossas questões privadas com mais profundidade”, explica a diretora. A conexão com o público é reforçada por meio de uma encenação sombria, dinâmica e não linear que revela os sentimentos mais obscuros da maternidade.
Essa nova experiência cênica imposta pelo isolamento social, ampliou as fronteiras para novos públicos. “Trazer o espetáculo para o ambiente virtual nos permite alcançar pessoas que talvez não tivessem a condição de estarem fisicamente no teatro, é uma possibilidade de novos encontros”.
Sinopse
MÃE ARREPENDIDA é um convite para uma viagem pelo lado sombrio e oculto da maternidade, uma confissão de quem nunca lidou bem com essa experiência. O olhar sobre a maternidade se desloca, permitindo uma reflexão particular de cada espectador, mães e filhos.
Sobre KARLA TENÓRIO
Mãe há 10 anos, atriz, teve papéis em diversas novelas dentre elas “A regra do jogo” e “Agora que são elas” (TV GLOBO), “Amigas e rivais” (SBT), “Conselho tutelar” e “pecado mortal” (REDE RECORD ). Participou da série “O Mecanismo” (NETFLIX, temporadas 1 e 2). Fez parte dos grupos de teatro, além de teatro “Tá na rua”, de Amir Haddad, Armazém Companhia de teatro de Paulo de Moraes. Escreveu o livro infantil FITÁ, lançado pela Editora Sextante e o espetáculo MÃE ARREPENDIDA. “Sou atriz há 20 anos, e após o nascimento de minha filha me vi num beco sem saída, em que eu não consegui ser mãe, mulher e profissional de forma íntegra. Passei por tremendas crises, equilibrando-me cambaleante na vida, tentando não desabar por completo. Percebi que muitas mulheres passam por isso. Algumas sofrem por deixarem suas filhas(os) para trabalharem, outras sofrem porque abdicam de tudo para criar suas filhas(os), conforme manda a idealização”.
Sobre MARIA AMÉLIA FARAH
Mãe, é atriz co-fundadora da Cia. Hiato, companhia com destaque na pesquisa do teatro autobiográfico. Como atriz, dramaturga e criadora, esteve em cartaz com diversos espetáculos, entre eles “Odisseia” pelo qual o grupo foi indicado ao Prêmio Shell na categoria “Inovação”; “Ficção” e “O Jardim”, vencedor de dois prêmios SHELL. Desde 2017, Maria Amélia é responsável pelo curso de Criação de Solos Autorais desenvolvido e ministrado por ela, tendo orientado a concepção de mais de 40 projetos autorais, entre eles o espetáculo Stabat Mater, de Janaína Leite, vencedora do Prêmio Shell de melhor dramaturgia. Em 2019, estreou como diretora do espetáculo “FISSURA”, no SESC Pompeia. Em 2020, produziu o curta metragem “A Casa Esquecida”, como parte da programação “Arte como respiro” do Itaú Cultural.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia e Encenação: Karla Tenório Direção: Maria Amélia Farah Assistência de Direção: Caio Balthazar. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio.
SERVIÇO
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