A Fuzarca dos descalços (Fev2022)

Coletivo dos Anjos estreia a peça A Fuzarca dos Descalços

no Sesc Belenzinho no dia 11 de fevereiro

 

Com idealização de Eder dos Anjos, direção de Aysha Nascimento e dramaturgia de Victor Nóvoa, espetáculo é livremente inspirado em ‘Esperando Godot’ e cria reflexões sobre as contradições sociais e raciais brasileiras

 

Link para fotos - https://bit.ly/AFuzarka (Crédito Amanda Barreto)

 

Tendo como ponto de partida a premissa proposta pelo dramaturgo irlandês Samuel Beckett em Esperando Godot, o Coletivo dos Anjos cria uma série de reflexões sobre as lutas das pessoas pretas e as contradições sociais e raciais brasileiras em A Fuzarca dos Descalços. O espetáculo estreia no Sesc Belenzinho, no dia 11 de fevereiro, e segue até 13 de março, com apresentações às sextas e aos sábados, às 21h30; e aos domingos, às 18h30.

dramaturgia, como se a música também fosse narradora da peça. A direção é assinada por Aysha Nascimento, e a dramaturgia, por Victor Nóvoa. O projeto foi selecionado no 24º Cultura Inglesa Festival.

 

Na trama, Atsu e Baakir estão do outro lado da cerca. Eles não sabem se estão presos ou do lado de fora, apartados de um mundo ao qual não têm nenhum acesso. Ambos são corpos marginalizados que compartilham sonhos, cicatrizes e dores. Mesmo nas situações mais violentas e oníricas, eles permanecem juntos, tentando compreender e romper com tudo aquilo que os segrega da sociedade.

 

A peça é apenas livremente inspirada na obra de Beckett, já que tem como proposta romper com o pensamento niilista do pós-guerra ocidental, fortemente presente no texto original. Para isso, a nova dramaturgia problematiza essa questão da espera, partindo da premissa de que a população negra não tem esse privilégio de aguardar por algo inalcançável.Em Esperando Godot, as duas personagens entregam a salvação de suas vidas a alguém que nunca chega e vão aliviando as dores da existência na convivência entre eles. Na nossa Fuzarca dos Descalços, permanece a potência do convívio como força de existência, mas não há espera, há grande compreensão dos processos 

 

O trabalho foi idealizado por Eder dos Anjos, que está em cena ao lado de Salloma Salomão e dos músicos Ito Alves e Juh Vieira, que tocam ao vivo a trilha sonora em diálogo constante com

dramaturgia, como se a música também fosse narradora da peça. A direção é assinada por Aysha Nascimento, e a dramaturgia, por Victor Nóvoa. O projeto foi selecionado no 24º Cultura Inglesa Festival.

 

Na trama, Atsu e Baakir estão do outro lado da cerca. Eles não sabem se estão presos ou do lado de fora, apartados de um mundo ao qual não têm nenhum acesso. Ambos são corpos marginalizados que compartilham sonhos, cicatrizes e dores. Mesmo nas situações mais violentas e oníricas, eles permanecem juntos, tentando compreender e romper com tudo aquilo que os segrega da sociedade.

 

A peça é apenas livremente inspirada na obra de Beckett, já que tem como proposta romper com o pensamento niilista do pós-guerra ocidental, fortemente presente no texto original. Para isso, a nova dramaturgia problematiza essa questão da espera, partindo da premissa de que a população negra não tem esse privilégio de aguardar por algo inalcançável.

 

“Em Esperando Godot, as duas personagens entregam a salvação de suas vidas a alguém que nunca chega e vão aliviando as dores da existência na convivência entre eles. Na nossa Fuzarca dos Descalços, permanece a potência do convívio como força de existência, mas não há espera, há grande compreensão dos processos 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tio Vâniatoca (Mai24)

Brava Companhia (Mai24)