Pequeno Monstro (Set22)

Espetáculo Pequeno Monstro, inspirado em conto de Caio Fernando Abreu, tem apresentações no Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder

Peça explora a descoberta da sexualidade na adolescência. Dirigida por Pedro Leão, montagem é estrelada por Henrique Figueiredo.

 

Link para fotos - https://bit.ly/3I7SkGQ (crédito Jennifer Glass)

 

 

Localizado na Vila Ipojuca, o Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder recebe o espetáculo Pequeno Monstro nos dias 20 e 21 de setembro. Inspirada no conto homônimo de Caio Fernando Abreu, a montagem para os palcos é de Pedro Leão com atuação de Henrique Figueiredo. As duas sessões acontecem às 15h, com ingressos gratuitos e contarão com acessibilidade em libras e audiodescrição.

 

Pequeno Monstro trata da adolescência e suas descobertas e fantasias típicas da idade. A peça acompanha o início da puberdade do personagem principal e as transformações “monstruosas” que ele vive ao se deparar com as mudanças não só no corpo, mas também nos desejos e na personalidade. Nessa busca, ele transita entre o que é real e os devaneios por se encontrar. “O pequeno monstro é uma metáfora desse momento da adolescência, quando somos de fato um pequeno monstro em processo de transformação física. E para quem é um menino gay, como no espetáculo, é mais difícil ainda viver esse momento por que ele passa a entender os desejos que saem da curva e são dissidentes do que se espera do menino adolescente. Ainda mais um menino no começo dos anos 2000”, conta Leão.

 

O texto da peça foi contemplado com o Prêmio Neide Rodrigues Gomes e publicado em 2021. Agora, ganha os palcos pela primeira vez, com apoio do Edital de Ações Descentralizada nas Múltiplas Linguagens da Secretaria de Cultura de São Paulo e do Laboratório de Cena da FUNARTE. Com ele, o diretor quer ajudar a responder algumas das questões principais para jovens e adolescentes LGBTQIA+: “Como você descobriu que você era você? Em que momento você definiu seus desejos a ponto de ter certeza da sua identidade e sexualidade? Quem pode te dizer que suas lembranças desse processo são reais ou se são apenas criação imaginária que forja memórias que não existiram?”

 

A história é uma junção da inspiração no texto de Caio Fernando Abreu e também de um conto do próprio diretor, publicado em 2011. O texto de Caio Fernando é quase um “conto erótico adolescente e gay”, diz Leão, narrando o encontro de um menino e seu primo, e sua primeira experiência sexual.

 

A dramaturgia surgiu da vontade de abordar artística e psicologicamente o processo de autocompreensão social do LGBT. "Como a gente coloca isso sem assumir um discurso político, mas entendendo que nossa existência é política. A gente precisa trazer para a cena outros discursos sobre a nossa comunidade. Costumamos ver apenas filmes, séries e peças que falam sobre sofrimento e homofobia, mas perdemos a complexidade que é esse sujeito e todas as outras nuances que o compõem, como fantasia, relacionamento e afetos”, analisa o diretor. 

 

“Tenho muito orgulho desse trabalho e espero que o público possa, como eu, questionar-se sobre o espaço vazio que há entre quem eu penso que sou e quem eu realmente gostaria de ser, que é o que nos torna seres impossíveis”, deseja o diretor.

 

Este é o segundo espetáculo da quadrilogia Agridoce, que trata diversos temas ligados à sexualidade. O mesmo personagem vai estrelar as quatro peças e muito de sua história é inspirado na vida de Pedro Leão, com histórias que aconteceram com ele em seu caminho de autoconhecimento. A saga teve início com o espetáculo que também se chama Agridoce, com relatos sobre abuso e violência sexual contra meninos LGBTQIA+, e foi premiada pelo ProAC Lei Aldir Blanc e pelo Edital de Cultura SESC Rio 2022. 

 

Este projeto foi contemplado pelo Edital de Apoio a Projetos Culturais Descentralizados de Múltiplas Linguagens - Secretaria Municipal de Cultura.

 

Ficha técnica:

Dramaturgia e direção: Pedro Leão. Atuação: Henrique Figueiredo. Assistência de direção: JOMA. Consultoria Dramatúrgica: Jéssica Teixeira. Direção de produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez. Produção executiva: Pedro Leão e Carol Henriques. Assistência de produção: Isabella Purcino. Direção de arte: Daniel Beoni. Figurino: Ana Luiza Suhr Reghelin. Cenografia: Danilo Cruz. Iluminação: Guilherme Soares. Trilha original: Fábio Stamato. Motion designer: Rebeca Prado. Técnico e operador de luz: Guilherme Soares. Técnico e operador de som: luMa. Intérprete de libras: Luccas Araújo. Audiodescrição: Henrique Figueiredo. Consultoria em audiodescrição: Gislana Vale Coordenação de comunicação: Jessica Rodrigues. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Designer gráfico: Lucas Sancho. Mídias sociais: Jessica Rodrigues e Mateus Bruza. Registro em vídeo: Mateus Bruza. Registro fotográfico: Jennifer Glass. Co-produção: Contorno Produções e Catástrofe Produções. Realização: Cubo Cultural.

 

Serviço:

Pequeno Monstro

Classificação indicativa: 14 anos

Duração: 60 minutos

*Todas as apresentações contarão com acessibilidade em libras e audiodescrição.

 

Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder

Dias 20 e 21 de setembro de 2022

Terça e quarta às 15h

Av. Ricardo Medina Filho, nº 603 - Vila Ipojuca, São Paulo - SP, 05057-100

Ingressos: Gratuito, com retirada de ingressos 1 hora antes do espetáculo.

 

Informações para imprensa:

Adriana Balsanelli

Tel.: 11 99245 4138

imprensa@adrianabalsanelli.com.br

 

 
 
 

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