As Coisas que perdemos no Fogo (Mai24)


As Coisas Que Perdemos no Fogo, inspirado no conto homônimo da argentina Mariana Enriquez, estreia no dia 4 de maio no CCSP


Com direção de Lara Duarte e atuação de Juliana Lohmann, espetáculo provoca público através de uma atmosfera asfixiante e humorada a pensar sobre religiosidade, aborto e violência de gênero


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Fotos da Marcelle Cerutti


O que aconteceria com a ordem social se as mulheres passassem a se atirar em fogueiras por conta própria? Este é o ponto de partida para o solo As Coisas Que Perdemos no Fogo, que tem sua temporada de estreia na Sala Ademar Guerra (porão) do Centro Cultural São Paulo, entre 4 e 26 de maio. A peça tem direção de Lara Duarte e atuação de Juliana Lohmann.

Baseada no conto homônimo da escritora argentina Mariana Enriquez, a peça traz uma realidade distópica na qual mulheres passam a se atirar em fogueiras voluntariamente, como forma de protesto às violências a que são submetidas. 

Atear fogo no próprio corpo - e não morrer - se torna um contra-ataque à sociedade, que entra em colapso diante da necessidade de promover novas leituras ao dito feminino. Queimadas e desfiguradas, elas se tornam perigosas, sádicas, monstruosas. Simbolicamente indestrutíveis. “Quando chegaria o mundo ideal de homens e monstras?”, provoca Enriquez.

A peça, que tem dramaturgia assinada por Lara Duarte e dramaturgismo  de Maya de Paiva e Juliana Lohmann, aborda também atravessamentos autobiográficos da vida da atriz. Os depoimentos pessoais se entrelaçam ao conto e levantam questionamentos acerca da religiosidade cristã, aborto, medicina e violência de gênero, trazendo humor, acidez e contudência para os temas. Além disso, o trabalho conta com direção de movimento de CASTILHO, acarretando para a obra uma importante camada dramatúrgica atrelada ao corpo e a movimentação. 

As diversas linguagens da cena também protagonizam o trabalho ao constituírem uma proposta instalativa marcada pela direção de arte de Victor Paula, ancorada na visualidade de diversas texturas de fios, cenário e figurino feitos com 25kg de cabelo. Assim como pelas composições sonoras autorais de Lana Scott e a iluminação criada por Maíra do Nascimento.

As Coisas Que Perdemos no Fogo deseja instigar o espectador através de uma atmosfera tenebrosa, asfixiante e direta, assumindo como linguagem o realismo fantástico para trazer à luz questões urgentes do cotidiano. O espetáculo propõe uma discussão sobre as relações humanas para além dos limites de moralidade, justiça e ética costurando memória e ficção, realidade e distopia. 


Ficha Técnica

Direção e dramaturgia: Lara Duarte

Dramaturgismo:Juliana Lohmann e Maya de Paiva 

Direção de movimento e Preparação corporal: CASTILHO

Assistência de direção: Maya de Paiva

Performance: Juliana Lohmann

Desenho de luz: Maíra do Nascimento 

Operação de luz: Maíra do Nascimento e Marina Meyer

Direção musical e sonoplastia: Lana Scott

Composições: Lana Scott e Natália Nery

Operação de Som: Lana Scott e Viviane Barbosa

Preparação vocal: Natália Nery

Direção de Arte: Victor Paula

Instalação Cênica: Victor Paula

Cenotecnia: Anjelus Manuel e Edlene Sousa

Design de Aparência: Victor Paula

Costura e desenvolvimento: Nilo Mendes Cavalcanti

Peruqueira: Kitty Kawabuco 

Design gráfico: Nina Nunes

Fotografia: Marcelle Cerutti

Contraregra: Jenn Cardoso

Estagiária: Larissa Siqueira

Produção: Corpo Rastreado - Keila Maschio 

Assessoria de Comunicação: Pombo Correio 

Sinopse

Baseado no conto homônimo da escritora argentina Mariana Enriquez, As Coisas Que Perdemos no Fogo traz uma realidade distópica na qual mulheres passam a se atirar em fogueiras voluntariamente, como forma de protesto às violências a que são submetidas.

Serviço

As Coisas Que Perdemos no Fogo

@teucorpoaofogo

Temporada: 4 de maio a 26 de maio

Às sextas-feiras e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h 

Centro Cultural São Paulo - Sala Ademar Guerra (Porão) – Rua Vergueiro, 1000, Liberdade

Ingressos: Entrada gratuita. Retiradas de ingressos através do site: https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/ ou 1h antes do espetáculo na bilheteria física. 

Duração: 75 minutos (1h15) 

Classificação Indicativa: 16 anos (temas sensíveis, nudez)

Acessibilidade: espaço acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

Logotipo

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Pombo Correio Assessoria de Comunicação 

Douglas Picchetti e Helô Cintra

(11) 9 9814-6911 | (11) 9 9402-8732

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